20 abril, 2012

Mercado virtual da moda veio para ficar



(Foto: André Lessa/AE)


 No Brasil, até há algum tempo atrás, roupas e sapatos estavam numa categoria de produto que, para serem adquiridos, precisavam ser comprados com uma série de condições específicas. No entanto, o tradicional hábito do consumidor experimentar as peças começa a ser substituído por outro muito mais prático, acessível e dinâmico: a compra virtual.

Seguindo tendência de consumo semelhante a observada nos Estados Unidos e Europa - onde o segmento corresponde a 11% das vendas virtuais -, o mercado de moda online começa a crescer com rapidez no País.

A participação chegou a expressivos 7% - até então, o segmento ocupava apenas a 26ª posição no ranking brasileiro. É de se esperar um boom no setor para os próximos anos, por isso, quem já atua no mercado tem tudo para ganhar mais espaço.
Em 2008, em plena crise econômica mundial, as hoje sócias Mariana Meleiro, Isabel Humberg e Rosana Sperandéo Saigh abandonaram seus empregos formais para abrir o próprio negócio, o site OQVestir - loja online de roupas e acessórios, mas também um espaço onde as empresárias fazem uma espécie de curadoria de moda virtual.

Mesmo sem conhecer profundamente o mercado, elas perceberam algo importantíssimo e também fundamental para o sucesso da empreitada: as grandes redes de varejo ainda não estavam - não estão até hoje - totalmente inseridas no mercado.

Inovação
No OQVestir, a consumidora pode ver editoriais de moda, compostos por peças que estão à venda. Dessa forma, as clientes ampliam a noção de caimento das roupas e possíveis combinações de peças.

Arriscar
“Este é um segmento que não permite ao empresário ter medo de ser vanguardista”, diz Mariana, da OQVestir. Ela pondera, também, sobre a importância do empresário seguir sua intuição. “Chegamos a fazer reformulações no site sob orientação de consultores. Nosso erro foi consultar homens com uma visão muito focada em vendas. Nossas clientes não gostaram da nova cara e tivemos que refazer tudo”, conta a empreendedora, que hoje comemora com as sócias o crescimento do negócio.

Objetivo
O atendimento eficiente parece ser mesmo uma das chaves para o sucesso no ramo. Mas quem pretende abrir uma empresa no segmento precisa saber, desde já, que trata-se de um setor que desperta mais a atenção do público feminino. Ter isso em mente é fundamental antes de gastar tempo e dinheiro na elaboração de um projeto.

Com informações de Estadão