(Foto: André Lessa/AE)
No Brasil, até há algum tempo atrás, roupas e sapatos
estavam numa categoria de produto que, para serem adquiridos, precisavam ser comprados
com uma série de condições específicas. No entanto, o tradicional hábito do
consumidor experimentar as peças começa a ser substituído por outro muito mais
prático, acessível e dinâmico: a compra virtual.
Seguindo tendência de consumo semelhante a observada nos
Estados Unidos e Europa - onde o segmento corresponde a 11% das vendas virtuais
-, o mercado de moda online começa a crescer com rapidez no País.
A participação chegou a expressivos 7% - até então, o
segmento ocupava apenas a 26ª posição no ranking brasileiro. É de se esperar um
boom no setor para os próximos anos, por isso, quem já atua no mercado tem tudo
para ganhar mais espaço.
Em 2008, em plena crise econômica mundial, as hoje sócias
Mariana Meleiro, Isabel Humberg e Rosana Sperandéo Saigh abandonaram seus
empregos formais para abrir o próprio negócio, o site OQVestir - loja online de
roupas e acessórios, mas também um espaço onde as empresárias fazem uma espécie
de curadoria de moda virtual.
Mesmo sem conhecer profundamente o mercado, elas
perceberam algo importantíssimo e também fundamental para o sucesso da
empreitada: as grandes redes de varejo ainda não estavam - não estão até hoje -
totalmente inseridas no mercado.
Inovação
No OQVestir, a consumidora pode ver editoriais de moda,
compostos por peças que estão à venda. Dessa forma, as clientes ampliam a noção
de caimento das roupas e possíveis combinações de peças.
Arriscar
“Este é um segmento que não permite ao empresário ter
medo de ser vanguardista”, diz Mariana, da OQVestir. Ela pondera, também, sobre
a importância do empresário seguir sua intuição. “Chegamos a fazer
reformulações no site sob orientação de consultores. Nosso erro foi consultar
homens com uma visão muito focada em vendas. Nossas clientes não gostaram da
nova cara e tivemos que refazer tudo”, conta a empreendedora, que hoje comemora
com as sócias o crescimento do negócio.
Objetivo
O atendimento eficiente parece ser mesmo uma das chaves
para o sucesso no ramo. Mas quem pretende abrir uma empresa no segmento precisa
saber, desde já, que trata-se de um setor que desperta mais a atenção do
público feminino. Ter isso em mente é fundamental antes de gastar tempo e
dinheiro na elaboração de um projeto.
Com informações de Estadão