25 fevereiro, 2011
a evolução da fotografia e a herança cultural
A arte de fotografar passa de pai para filho ou está no DNA? Essa é a questão que a publicitária e fotógrafa Sabrina Boff traz a tona com a estreia da sua primeira exposição fotográfica, Gerações da Família Boff. Sabrina segue uma tradição familiar que iniciou com seu avô, João Alexandre Boff, e é a terceira fotógrafa do clã.
Agora, ela resgata essa história familiar e monta essa exposição que contempla imagens feitas pelo avô, pelo pai (Rui Boff) e por ela. A mostra, que tem cerca de 40 fotografias, está estreando neste mês, na XII Festa Nacional da Vindima, no Parque da Vindima Elóy Kunz. Seu avô, João Alexandre Boff (1914 - 1985) começou a fotografar aos 14 anos, em Joaçaba (Santa Catarina), quando ia de colônia em colônia a cavalo, para tirar os retratos. Já casado e com filhos, ao mudar-se para Flores da Cunha, abriu um estúdio na cidade. Em 1967, aos 17 anos, Rui segue o caminho do pai e se torna um dos mais tradicionais fotógrafos da Serra Gaúcha - o estúdio segue aberto na Avenida 25 de Julho.
Os retratos tirados por três gerações de fotógrafos da mesma família na verdade revelam também a evolução da fotografia, desde fotos em P&B (fotografadas com a câmera Rolleiflex em negativo 120mm), passando pelo colorido pintado a mão em óleo, foto colorida analógica e o digital contemporâneo.